
Maternidade tardia: desafios, riscos reprodutivos e oportunidades da medicina moderna
De acordo com o Eurostat, entre os anos 2000 e 2023, a idade média das mulheres que têm o primeiro filho nos países europeus aumentou de 28 para 30,3 anos. Na Itália, Espanha e Irlanda, essa média já ultrapassa os 31 anos. Tendências semelhantes também são observadas em países como Estados Unidos, Canadá, Japão e Coreia do Sul.
Causas do aumento da idade da primeira maternidade:
- Maior acesso das mulheres à educação e realização profissional;
- Casamentos adiados e instabilidade nos relacionamentos;
- Dificuldades financeiras, incluindo o custo da moradia e da criação dos filhos;
- Expansão do uso das tecnologias de reprodução assistida, que oferecem às mulheres maior segurança para engravidar em idades mais avançadas.
Envelhecimento reprodutivo: o que acontece com a fertilidade?
A fertilidade feminina diminui com a idade. Após os 30 anos, esse declínio se acelera gradualmente, tornando-se mais acentuado após os 35. Aumenta, por exemplo, a frequência de aneuploidias (anomalias cromossômicas), o que pode resultar em falhas na implantação do embrião, abortos espontâneos e malformações congênitas.
Estudos (SART, 2020) mostram:
- Aos 35 anos, o risco de aborto espontâneo é de cerca de 20%;
- Aos 40 anos, chega a 35%;
- Após os 43 anos, ultrapassa 50%.
Estimativas sobre reserva ovariana e chance de gravidez por ciclo:
- 25 anos – cerca de 400.000 óvulos, chance de gravidez: 25–30%;
- 35 anos – cerca de 25.000 óvulos, chance: 15–20%;
- 40 anos – menos de 10.000 óvulos, chance: 5–10%;
- 45 anos – menos de 1.000 óvulos, chance: menos de 1%.
Riscos para a saúde da mãe e do bebê
A gestação em idade avançada está associada a riscos maiores, como:
- Hipertensão arterial, pré-eclâmpsia;
- Diabetes gestacional;
- Parto prematuro;
- Problemas na implantação da placenta;
- Maior probabilidade de cesariana;
- Natimorto.
Para o feto, os riscos incluem:
- Restrição do crescimento intrauterino;
- Anomalias cromossômicas;
- Complicações neonatais.
Como a medicina moderna pode ajudar: TRAs
As Tecnologias de Reprodução Assistida (TRAs) oferecem soluções eficazes diante da queda da fertilidade natural:
Fertilização in vitro (FIV):
Utilizada em casos de fertilidade reduzida. Pode incluir diagnóstico genético pré-implantacional (PGT-A).
Doação de óvulos:
Método altamente eficaz para mulheres com baixa reserva ovariana. A taxa de sucesso na transferência pode chegar a 75%.
Maternidade por substituição (barriga de aluguel):
Indicada para mulheres com contraindicações médicas à gestação.
Na clínica BioTexCom, os médicos e embriologistas são especializados em gestações tardias, programas de doação de óvulos e maternidade por substituição. Aqui, mesmo casais que já haviam perdido a esperança conseguem realizar o sonho da paternidade.
Conclusão
A maternidade tardia é uma realidade do mundo moderno. Apesar dos riscos envolvidos, os avanços da medicina ampliam significativamente as possibilidades para as mulheres. Uma gravidez bem-sucedida — assim como a maternidade por meio de barriga de aluguel — é possível mesmo após os 40 anos, desde que haja um diagnóstico preciso, plano de tratamento personalizado e acompanhamento profissional em todas as etapas.